Archive for julho \10\-03:00 2011

Juninho vice de Kaka?

domingo, 10 julho, 2011

Corre pelas íngremes ruas da decadente Cambuquira a notícia de que o presidente da Câmara local, Renato Coelho Júnior (PSDB), e o prefeito Evanderson “Kaka” Xavier fecharam uma aliança escandalosa para 2012: Kaka disputaria a reeleição e Juninho Coelho seria seu vice. E que o prefeito até já teria dado um confortável emprego público para a mulher do vereador, por conta do acordo.

Se for verdade, a dupla até pode ganhar, mas Cambuquira novamente sai perdendo. Se for mentira, urge que Juninho Coelho – com boa chance de vencer como titular em 2012 – desminta amplamente o boato, que está prejudicando a sua imagem ao apresentá-lo como um mero oportunista eleitoreiro.

Diga-me com quem andas, direi quem és…

domingo, 10 julho, 2011

JUSTIÇA PENHORA
DEPÓSITO DE KAKA

O prefeito de Cambuquira, no Sul de Minas, está sendo executado judicialmente em razão de uma dívida de R$ 38.467,20 que tem com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.

O termo de penhora do depósito de Evandro “Kaka” Xavier (PT) foi expedido esta semana, nos autos de Execução Fiscal de nº 0002883-04.2010.8.13.0107, da competência da Fazenda Pública Federal. O processo de cobrança da dívida começou em março de 2010.

Antes de assumir a prefeitura, “Kaka” explorava um modesto depósito de botijões de gás no bairro da Lavra, o que lhe proporcionou certa popularidade e uma imagem de sujeito simples e honesto, favorecendo a sua eleição.

Veja a página do Tribunal de Justica/MG em http://goo.gl/gljS7


JUSTIÇA CONDENA EX-PREFEITO
“PUDIM” POR DESONESTIDADE

Cinco ex-integrantes da prefeitura de Cambuquira, no Sul de Minas, foram condenados em junho por improbidade administrativa.

Na ação civil pública de nº 010706000781-5, o grupo liderado pelo ex-prefeito Rubens Barros Santos, o “Pudim”, é acusado de causar prejuízo de R$ 852.054,00 aos cofres da cidade; este valor, corrigido, passa atualmente de R$ 1 milhão.

Os demais réus condenados no processo movido pelo Ministério Público/MG são: Luiz Sérgio de Souza Reis, Andréa da Silva Goulart, Edna Maria Soares Ferreira e Laércio Paulo de Andrade.

A sentença estabelece por cinco anos a indisponibilidade dos bens dos réus, a perda dos direitos políticos, a proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivos oficiais.

Segundo fontes locais, o réu “Pudim” tem sido uma espécie de conselheiro ou tutor político do atual prefeito Evanderson “Kaka” Xavier (PT), atuando informalmente em razão das proibições de ocupar cargo público existentes nos vários processos judiciais a que responde.

Veja a página do Tribunal de Justiça/MG em http://goo.gl/JbBBA

Um raio-x do Brasil do PT

sábado, 2 julho, 2011

Parte reveladora do documento publicado dia 01/07/2011 pelo Conselho Político do PSDB, presidido por José Serra:

… Muita coisa está parada no país; outras tantas funcionam precariamente. Porque faltam ao governo clareza, convicção, propósito e, é forçoso dizer, competência.

Desenvolvimento e emprego
A maior necessidade no Brasil nas próximas décadas é criar muitos empregos de boa qualidade, que proporcionem melhor padrão de vida para as famílias, mais acesso a bens materiais e culturais, mais saúde, mais futuro. Até 2030, mais de 145 milhões de pessoas de pessoas precisarão de postos de trabalho. Para enfrentar esses desafios, é preciso que a economia cresça de forma rápida e sustentada. Durante o mandato de Lula, graças ao seu talento de animador e à publicidade massiva, criou-se a impressão de que a era do crescimento dinâmico havia voltado para ficar. Impressão, infelizmente, sem fundamento.

A herança maldita
O mais preocupante, em todo caso, não é esse desempenho modesto, mas as travas que o governo Lula legou ao crescimento futuro do país:

1. O perverso tripé macroeconômico: temos a carga tributária mais alta do mundo em desenvolvimento; a maior taxa de juros reais de todo o planeta, ainda em ascensão, e a taxa de câmbio megavalorizada. A isso se soma uma das menores taxas de investimentos governamentais do mundo.

2. O gargalo na infraestrutura: energia, transportes urbanos, portos, aeroportos, estradas, ferrovias, hidrovias e navegação de cabotagem. Um gargalo que impõe custos pesados à atividade econômica e freia as pretensões de um desenvolvimento mais acelerado nos próximos anos.

3. As imensas carências em Saneamento, Saúde e Educação, que seguram a expansão do nosso capital humano.

4. A falta de planejamento e de capacidade executiva no aparato governamental, dominado pelo loteamento político, pela impunidade, quando não premiação, dos que atentam contra a ética, e por duas predominâncias: do interesse político-partidário sobre o interesse público, e das ações publicitário-eleitorais sobre a gestão efetiva das atividades de governo.

Nem convicção nem rapidez
Sem poder reclamar publicamente da herança recebida, o novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de desorientação em matéria de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala SP/RJ, sem dúvida o projeto de investimento mais alucinado de nossa história, não só pela precariedade técnica e pela inviabilidade econômico-financeira, como também pelo volume de recursos que exigiria.

A falta de convicção apareceu na crise do sistema aeroportuário, onde, depois de anos demonizando as privatizações, o PT e a presidente Dilma concluíram que melhor mesmo é privatizar. Depois de oito anos e meio, não têm, é claro, projeto algum nessa área, e só a modelagem necessária à licitação das concessões demorará até meados do ano que vem, enquanto o colapso dos aeroportos continuará a martirizar os passageiros.

A falta de rapidez fica visível em face dos quatro anos de atraso das providências para a Copa do Mundo. Assunto no qual, em vez de resolver os problemas, o atual governo optou pelo atropelo, tentando promover mudanças na legislação que transformarão as obras públicas em puros negócios privados, como se os donos do poder fossem os donos do patrimônio e do dinheiro dos contribuintes. Vêm aí superfaturamentos, atrasos e outros desperdícios de dinheiro público numa escala inusitada em nossa história.

Como regra, o governo vai atrás, bem atrás, dos acontecimentos e nem assim toma iniciativas efetivas. No ano passado, alegavam que nossas fronteiras – das mais escancaradas do mundo ao contrabando de armas e drogas – eram as mais guarnecidas do planeta. Isso foi recentemente desmentido por grandes reportagens, e só por essa razão, depois de cortar recursos da vigilância do setor, o governo anunciou um grande plano, de corte puramente publicitário. Como o plano contra o crack, que nunca saiu do papel, e nem é essa a intenção dos responsáveis pela área, que negam a gravidade do problema. Ou, então o novo “plano” contra a miséria, um mero requentado publicitário do Fome Zero, uma iniciativa que deu certo na propaganda, mas que nunca existiu na realidade.

No meio ambiente, o governo tampouco tem personalidade definida, no seu já clássico zigue-zague. Procura parecer ortodoxamente ambientalista no debate do Código Florestal e é ortodoxamente anti-ambientalista no atropelo para fazer andar a hidrelétrica de Belo Monte. Radicalizou desnecessariamente nos dois casos, pois havia terreno para entendimento no Congresso Nacional e na sociedade sobre o novo código, e há também como encaminhar a utilização do potencial hidrelétrico de uma maneira ambientalmente e socialmente responsável.

Desindustrialização
No começo do mandato da atual presidente, divulgou-se a chegada de uma novíssima política econômica, em que o crescimento não mais ficaria constrangido pela luta anti-inflacionária. A inflação seria combatida com crescimento. O resultado foi a deterioração das expectativas, o pânico diante das ameaças de reindexação e um recuo desorganizado – uma rota de fuga para uma ortodoxia, diga-se, de má qualidade.

O PIB contratado para este ano é medíocre, acompanhado de inflação perigosamente alta. O governo promete fazê-la convergir para a meta no ano que vem, mas já sinalizou que vai fazer isso prolongando o aperto monetário e o pé no breque do crescimento. Em resumo: depois das indecisões e vacilações na largada, vão acabar comprometendo pelo menos dois anos – metade do mandato. E, como a âncora exclusiva do ajuste é a cambial, isso causará um estrago ainda maior na indústria brasileira. O crescimento medíocre produz resultados pobres, principalmente no emprego. Fica escondido o fato de que a maioria das vagas criadas nos últimos anos paga salários menores. Na faixa dos melhores empregos, os mais qualificados, o que se vê é estagnação ou o retrocesso. O desemprego entre os jovens está cada vez mais grave.

Emprego de qualidade depende também de indústria forte. E o binômio perverso juros-câmbio impõe o arrocho e a incerteza à indústria brasileira, que enfrenta dificuldades crescentes para competir no exterior e observa impotente a invasão de produtos estrangeiros a preços que sufocam a produção nacional. Estamos vivendo, sim, um processo de desindustrialização, como se o modelo agro-minerador pudesse proporcionar, por si só, os 145 milhões de bons empregos de que necessitaremos daqui a menos de 20 anos.

O que existe de atividade mais dinâmica resulta dos investimentos do petróleo (mesmo atrasados, superfaturados e desorganizados), da agricultura e do dinheiro que vem de fora para especular. Na agricultura, porém, o governo ainda insiste em cevar o clima que criminaliza os produtores. Já o dinheiro externo vem para dançar a ciranda financeira e garantir os maiores rendimentos do mundo. Uma vez anabolizado, vai embora feliz da vida. Hoje, a fraqueza das nossas exportações nos torna dependentes do capital que faz uma escala e pode cair fora. Enquanto isso, nossa taxa de investimentos continua cronicamente baixa. E o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, neste ano, da ordem de 65 bilhões de dólares, será o terceiro ou quarto maior de mundo.

Política Externa: quase más de lo mismo
Algo parecido acontece nos direitos humanos. Depois de tentar empurrar o Brasil para uma aliança estratégica com o Irã, cujo governo ditatorial prega um segundo Holocausto contra os judeus, o PT sentiu a rejeição da opinião pública, ensaiou um recuo, passou a dizer que os direitos humanos iriam adquirir centralidade na política externa brasileira. Mas a coisa ficou só no plano das declarações. Na prática, o governo do PT apoia o regime da Síria no massacre contra os movimentos a favor da democracia naquele país. Neste capítulo, um momento triste foi quando a presidente deu as costas à Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi, para não melindrar o aliado Mahmoud Ahmadinejad. Parece que a atração do governo petista pelas tiranias segue inabalável.

É a verdade revelada na sua face mais cruel. O governo do PT é a favor de promover os direitos humanos em países governados por adversários do PT. Quando se trata de governos amigos do petismo, prefere-se o silêncio diante das violações, dos abusos, dos massacres. Para os amigos, as conquistas da civilização; para os nem tanto, a lei da selva. Não foi por menos, aliás, que o momento da vergonha veio quando o governo do PT decidiu afrontar a democrática Itália e dar proteção a um assassino comum, Cesare Battisti, só por ele ter amigos no PT.

O papel da oposição
Como oposição, temos o dever de acompanhar, estudar todas as principais questões nacionais a fundo, ver como vivem e sentir o que pensam as pessoas de todo o país, criticar, fiscalizar, cobrar promessas e apontar caminhos. (…) A incompetência e o autoritarismo são as marcas deste governo, e o PSDB não renunciará à denúncia desses atos e buscará mobilizar a sociedade brasileira para superar este período difícil.